sábado, 16 de maio de 2015

Viagem de bicicleta de Recife a Maceió - primeiro dia

Aproveitando alguns dias de férias em maio de 2015, realizei esta viagem de bicicleta, de Recife a Maceió.

Realizei um projeto de cicloturismo para percorrer todo o litoral Sul de Pernambuco e litoral Norte de Alagoas. Pedalando, pude conhecer praticamente todas as praias entre Recife e Maceió.

A viagem durou quatro dias. Viajando lentamente, aprecei cada pedaço de chão pelo qual me desloquei. Uma viagem solo de bicicleta dá um sabor especial de aventura. A sensação de realização e alegria, não só na conclusão da viagem, mas durante todo o percurso, é indescritível e fascinante.

É aconselhável iniciar uma viagem de bicicleta logo no início do dia, junto com o raiar do sol.
Só que, desta vez, saí de casa às 11h30m, devido a algumas tarefas pendentes neste dia. E também por conta do pneu traseiro que amanheceu murcho. Baixou completamente. Fui ao borracharia perto de casa e o borracheiro descobriu que o vazamento era do remendo anterior. Era um remendo que fiz numa bicicletaria, com aqueles adesivos bem práticos, que são vendidos em kit para conserto de pneu furado. Percebi que trabalho feito em borracharia é mais resistente.

Coloquei em duas pequenas maletas, todo a bagagem necessária para os dias da viagem:
Além da roupa do corpo, mais duas mudas de roupa, sandália, capacete, luva, manguito, boné de ciclista para proteger do sol o rosto, orelhas e pescoço, duas câmaras de ar, kit de remendo de pneu, espátula para troca de pneu. chave de roda e alicate. Viajei na minha bicicleta mountain bike, aro 26, 21 marchas, quadro de alumínio. Equipei com retrovisor do lado esquerdo, ciclocomputador, lanterna dianteira, pisca traseiro, caramanhola térmica e pequena bomba para encher pneu.



Passava alguns minutos do meio-dia quando cheguei à primeira praia da viagem.


Praia de Pina, próxima a famosa Praia de Boa Viagem, Recife, PE.

Parque Dona Lindu, Praia de Boa Viagem, Recife




Sol muito forte.


A uma da tarde, seguindo pela ciclovia de Pina e Boa Viagem, cheguei a Praia de Piedade, Jaboatão dos Guararapes


Após passar pelas praias de Candeias e Barra de Jangada, cheguei a Ponte do Paiva. Belíssima ponte com 330metros de extensão. Ao fundo, o esplendor do coqueiral na Ilha do Amor. Sol forte. Preciso levar bastante água. Início de trecho pedagiado na Rodovia PE009. (Bicicleta não paga).

Praça de Pedágio, antes da Ponte do Paiva


Ponte Arquiteto Wilson Campo Junior (Ponte do Paiva). Entre Barra de Jangada e Reserva do Paiva.
Ponte Arquiteto Wilson Campo Junior (Ponte do Paiva). Entre Barra de Jangada e Reserva do Paiva.
Ponte Arquiteto Wilson Campo Junior (Ponte do Paiva). Entre Barra de Jangada e Reserva do Paiva.
Ponte Arquiteto Wilson Campo Junior (Ponte do Paiva). Entre Barra de Jangada e Reserva do Paiva.
Ponte Arquiteto Wilson Campo Junior (Ponte do Paiva). Entre Barra de Jangada e Reserva do Paiva.


No meio da ponte, dá impressão que estou a bordo de um navio.


Ponte Arquiteto Wilson Campo Junior (Ponte do Paiva). Entre Barra de Jangada e Reserva do Paiva.

Ponte Arquiteto Wilson Campo Junior (Ponte do Paiva). Entre Barra de Jangada e Reserva do Paiva.


Durante a viagem, avistei em duas ocasiões carro pipa aguando o gramado. Esta foi a primeira.


Chegando à Praia de Itapoama, antes da subida para Praia de Pedra do Xaréu, peguei um atalho de dois quilômetros pela Estrada de Itapuama. Caso contrário, teria que contornar mais de 6km pela Praia de Enseada dos Corais. Pretendo chegar em Porto de Galinhas antes de escurecer.



Deparei com uma subida íngreme no início do atalho pela Estrada de Itapuama. 

Cheguei na Rodovia PE-028. Devo tomar cuidado redobrado, pois em alguns trechos da rodovia, o acostamento é estreito e tomado pelo mato ou praticamente inexistente.


Após 4 km alcancei o viaduto da PE-009.


Passei por nova rodovia pedagiada na PE009 (bicicleta não paga pedágio).
No trecho, Administração do Porto de Suape, Refinaria da Petrobrás e avistando o Estaleiro Atlântico Sul.




Rodovia Pedagiada PE-009
Rodovia Pedagiada PE-009
De repente, no meio do nada, surge um imponente prédio. Administração do Porto de Suape

Ao fundo, Estaleiro Atlântico Sul.







Próximo a Praia Pontal do Cupe, entre as Praias de Muro Alto e Porto de Galinhas, encontrei uma loja de conveniência em um posto de gasolina. Comprei um lanche e saboreei no banco da praça.

Rodovia Tronco, a caminho para Porto de Galinhas







Conforme meus cálculos, cheguei a Praia de Porto de Galinhas antes do escurecer para evitar pedalar a noite. 
Após uma pequena pesquisa, encontrei uma aconchegante pousada para pernoite. 
Cinquenta reais a diária com café da manhã, ar condicionado, Wifi, piscina. 
A pousada funciona mais como hostel, um conceito bem difundido na Europa, mas que só vim a conhecer após meu interesse pelo cicloturismo. Portanto, o preço da diária é por pessoa. Como não havia mais hóspedes para compartilhar, o dono me concedeu um quarto privativo. A pousada chama-se Toca do Coelho. É bem fácil de achar na internet. 








O coelho não pára de correr de um lado para outro.






Quando fui tomar banho, percebi que o meu chinelo (sandália havaiana) não estava nas minhas (poucas) bagagens. Será que esqueci em casa?
Tive a ideia de analisar as fotos que tirei durante o dia (acima) e constatei que a sacola branca na qual estava a sandália caiu da bicicleta durante o atalho que mencionei após passar pela Praia de Itapuama.
Graças a Deus, foi só a sandália que perdi! Como dizem, "prejuízo pouco é lucro", fiquei contente por não ter perdido nada que fosse necessário para prosseguir viagem.
Tinha trazido, além das poucas mudas de roupa, alguns acessórios da bicicleta, como duas câmaras de ar e ferramentas para a troca de pneu.


Por volta das nove da noite fui ao centro de Porto de Galinhas.
Andando por algumas lojas, os preços de sandália havaiana oscilavam em torno de 32 reais a mais de 60 reais.


Área comercial de Porto de Galinhas. A maioria das lojas funcionam até dez da noite.


Parei numa lanchonete para jantar. Pedi sanduíche e vitamina de banana.
Ao sair da lanchonete, me deparei com a loja vizinha que vendia qualquer peça por 10 reais.
Não perdi tempo, comprei logo meu chinelo.



O primeiro dia de pedal foi concluído com 73 km pedalados, velocidade média de 15,1 km/h em 4 horas e 48 minutos pedalados.

Muito obrigado a Deus por este dia. Agradeço a Miriam, aos familiares e amigos pela força.


Confira o relato do segundo de cicloviagem no link abaixo:
http://www.ciclomobilidade.blogspot.com.br/2015/05/viagem-de-bicicleta-de-recife-maceio_19.html

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