quarta-feira, 10 de abril de 2019

Viagem de bicicleta a Bahia

Vou relatar aqui a história completa da viagem de bicicleta de Recife a Academia de Treinamento Espiritual da Seicho-No-Ie de Santa Fé em Mata de São João, Bahia

Saímos de Recife (PE) em 31 de março de 2019 (domingo) e chegamos na Academia da Seicho-No-Ie de Santa Fé em Mata de São João (BA) no dia 05 de abril de 2019 (sexta-feira) após seis dias de viagem.

Esta viagem de bicicleta teve um propósito não só de cicloturismo, mas esteve voltada para divulgação do ensinamento do modo feliz de viver em harmonia com a natureza através de revistas da Seicho-No-Ie. A bicicleta estava aliada, é claro, como meio de transporte para chegarmos na Academia de Santa Fé, na Bahia.

Os integrantes desta maravilhosa saga foram Ronaldo Massato Hiramine (53 anos), José Alexandre Oliveira da Silva (54 anos) e Etiene Oliveira (51 anos). O Alexandre enfatizou o propósito da viagem que seria também de divulgação da Seicho-No-Ie, bem como fortaleceu o espírito de equipe na expedição. E eu sabia que não faltaria animação e companheirismo com a presença do Etiene. Foi dito e feito.

Quando se viaja de bicicleta, a sensação de realização e alegria, não só na conclusão da viagem, mas durante todo o percurso, é indescritível e inesquecível.



foto da nossa chegada na Academia de Treinamento Espiritual da Seicho-No-Ie, de Santa Fé, em Mata de São João, Bahia.

Alguns vídeos

Pelas estradas:

Meu relato:


PRIMEIRO DIA
Saída: Recife - PE
Chegada: Barreiros - PE
Início do pedal do dia: 05:40
Término do pedal do dia: 18:30

Coloquei em uma mala de tamanho pequeno toda bagagem necessária para os dias da viagem: Além da roupa do corpo incluindo luva, manguito, boné de ciclista para proteger do sol o rosto, orelhas e pescoço, mais duas mudas de roupa, sandália, três câmaras de ar (uma para cada bicicleta), três espátulas para troca de câmera de pneu, chave de roda e alicate. Viajei na minha bicicleta mountain bike, aro 29, 24 marchas, quadro de alumínio.
Etiene utilizou sua bicicleta monomarcha (sem marcha) aro 26 e Alexandre foi em sua bicicleta Caloi aro 26, 21 marchas.  Equipei com retrovisor do lado esquerdo, mas acabei perdendo-o no terceiro dia da viagem. Não achei necessário instalar ciclocomputador (para medir a velocidade e quilometragem) nem levei aparelho GPS pois um simples aplicativo em celular já é suficiente.
Instalei na bicicleta, lanterna dianteira, pisca traseiro. Levei tambem duas caramanholas térmicas e uma bomba para encher pneu.
Além de mais de 245 revistas da Seicho-No-Ie na mochila alternando entre as costas de Alexandre e Etiene. Estas 245 revistas iniciais posteriormente se somariam a mais 75 revistas durante a viagem,  totalizando 320 revistas, como veremos mais tarde.

Levamos também uma pequena panela leve e  sem cabo, aquecedor de água para preparar o café  ou macarrão instantâneo, café solúvel,  pequeno pote de açúcar, pacotes de macarrão instantâneo e sardinha em lata.

Fiz o download dos mapas para poder acessar a localização mesmo sem sinal de dados móveis. Como já previa, na maior parte dos trechos em zona rural não há sinal de internet, de dados móveis. Todavia o sinal de GPS fica disponível em praticamente qualquer local. Daí a razão de ter feito o download dos mapas previamente no celular.

Bom,  sem mais delongas,  vamos para a narrativa da maravilhosa aventura.


Acordamos de pouco depois das quatro horas da manhã para iniciar a nossa incrível jornada.
Eu demorei para dormir na véspera pela ansiedade da viagem e acordei depois de Etiene e Alexandre.

Oração para abençoar as Revistas da Seicho-No-Ie

Esperamos a chuva estiar um pouco e logo eu e meus amigos Alexandre e Etiene estávamos já pedalando com grande alegria os primeiros  quilômetros de uma viagem de quase 800km.



O dia começou a raiar na travessia da Ponte Gov. Paulo Guerra (Ponte do Pina).




Pedalamos pela ciclovia das Praias de Pina e Boa Viagem

Densas nuvens se formam no horizonte e o dia escurece. Hora de se preparar para a chuva e cobrir as revistas, celular e bagagens com saco plástico. Como diria meu pai, "o homem não é feito de barro, portanto vamos seguir caminho assim mesmo". Prosseguimos viagem com atenção redobrada debaixo de chuva.



Chuva na praia de Boa Viagem
Passamos  por alguns pequenos e rápidos alagamentos. Mas nada assustador.  Apenas desviamos para evitar cair em algum possível buraco.


Seguindo pela ciclovia de Pina e Boa Viagem, chegamos a Praia de Piedade, Jaboatão dos Guararapes, agora céu nublado, mas sem chuvas.

Apesar de pouco avanço em relação a total da viagem, a alegria foi incontida em termos já entrado no segundo município da viagem.




Primeiro descanso da viagem, na Praia de Barra de Jangada.


Enquanto descansávamos tomando água de coco, o Etiene estava divulgando a revista sagrada.

Após passar pelas praias de Candeias e Barra de Jangada, chegamos a Ponte Arquiteto Wilson Campos Junior (Ponte do Paiva). Belíssima ponte com 330 metros de extensão.

A ponte fica entre Barra de Jangada e Reserva do Paiva. Ao fundo, o esplendor do coqueiral na Ilha do Amor. Início de trecho pedagiado na Rodovia PE009. (Bicicleta não paga).





Após pedalarmos alguns poucos quilômetros pela Reserva do Paiva, chegamos à Praia de Itapuama.

Etiene e Alexandre divulgando as revistas e falando sobre a Seicho-No-Ie aos donos de barracas na Praia de Itapuama. Já aqui as pessoas ficavam  admiradas com  nosso propósito e determinação


Chegando à Praia de Itapuama, antes da subida para Praia de Pedra do Xaréu, pegamos um atalho de dois quilômetros pela Estrada de Itapuama. Caso contrário, teríamos que contornar mais de 6km pela Praia de Enseada dos Corais.
Antes de entrarmos no atalho, caiu uma chuva de proporção moderada a forte. Gritei: "Alguém quer desistir? A hora de desistir é agora! Quem quiser, é só dar meia volta, voltar para casa, sentar no sofá e assistir Faustão". Caímos na gargalhada e ficamos comentando com risadas que apesar da chuva, a a aventura estava muito mais divertida e emocionante do que sentar no sofá.

Enfrentamos uma forte subida, debaixo de chuva, porém pretendemos cumprir a meta de hoje antes de escurecer em São José da Coroa Grande.


A foto acima ainda é do atalho da estrada de Itapuama, porém, assim que chegarmos na Rodovia PE-028, devemos tomar cuidado redobrado, pois em alguns trechos da rodovia, o acostamento é estreito e tomado pelo mato ou praticamente inexistente. Atenção maior ainda por causa da chuva.

Antes de chegarmos em Ipojuca, Alexandre comprou bananas numa barraca a beira da estrada: Energia para seguirmos em frente e evitar câimbras.
No trecho entre Itapuama a Ipojuca o tempo alternou de chuva fina a céu nublado.
Eu me lembro que não consegui tirar fotos ou evitei bater fotos no trecho para não danificar o celular por causa da chuva.
Caí num pequeno buraco encoberto pela água  da chuva. Para não me desequilibrar,  acabei tendo que colocar o pé direito na água. O tênis  e a meia ficaram completamente  encharcados.


Parada em Ipojuca para almoço. Onigirazu na marmita preparada com muito carinho pela minha irmã Miwa e meu cunhado Ticiano

Aqui pedimos emprestada uma mesa do restaurante. Como retribuição compramos refrigerantes, água mineral e cafezinho.
Aproveitei esta parada também para trocar de meia que estava ainda encharcada por conta da poça de água na qual havia pisado.  A meia velha serviria de agora em diante para usar como luva para nós três para colocar a corrente da bicicleta no lugar ou eventuais ajustes na corrente para não melar a mão de  graxa.



Após o almoço em Ipojuca,  seguimos viagem pela PE-060. Próxima parada: Sirinhaém, distante 18 km de Ipojuca





Pela PE-060, encontramos trechos duplicados com acostamento largo e perfeito. Porém antes de chegar em Ipojuca, a duplicação termina. Passamos por alguns trechos da rodovia com acostamento inexistente ou em situação precária, o que dificultou mantermos o ritmo. Mas nada disso tirou nossa disposição.

Superando as dificuldades, chegamos em Sirinhaém às 14h. Aqui descansamos cinco minutos e fizemos  nova divulgação de revistas da Seicho-No-Ie.

Logo em seguida, o trio estava de volta à estrada. Próxima cidade no mapa é Rio Formoso, daqui a 12km.

Parada obrigatória, às 15:40 para o café no Rei das Coxinhas em Rio Formoso.
Recobrar energias para enfrentar a maior subida do dia ainda por vir.
 Lanchamos e descansamos no restaurante cerca de 20 minutos.
Dificilmente conseguiremos bater a meta do dia, pois ainda faltam 32 km até São José da Coroa Grande, e já era final da tarde, perto do pôr do sol. Se prosseguirmos viagem, corremos risco de escurecer na estrada, em local desabitado. Se ficarmos em Rio Formoso, o avanço da viagem fica seriamente comprometido e não teremos como concluir a viagem em tempo hábil, ou seja em seis dias. Decidimos arriscar e prosseguir viagem apesar do cansaço físico.
Enorme subida logo após Rio Formoso.


Enfrentamos a enorme subida, a maior do dia, logo após Rio Formoso. Outras maiores certamente virão nos próximos  dias desta viagem de seis dias em bicicleta de Recife a Academia de Santa Fé na Bahia.

A meta do dia era alcançar São José da Coroa Grande, a 125 km de Recife. Porém devido a alguns atrasos no início do dia, e no decorrer do dia, começou a escurecer na estrada. Já estávamos fisicamente bem cansados e decidimos encerrar o primeiro dia da expedição em Barreiros.

O primeiro dia de pedal foi concluído com 110 km pedalados.

Ficamos na Pousada Bem Estar, em Barreiros. O estabelecimento estava com o portão fechado. Tocamos a campainha e o dono da Pousada, sr. Pedro, veio nos atender. Ele disse que não costuma abrir após o escurecer, porém como estávamos de bicicleta, ele disse que poderíamos entrar. Ele disse que o pernoite custaria vinte reais para cada um. Fechamos em 50 reais o quarto para os três.
Prendemos nossas bicicletas na garagem e subimos ao apartamento. Depois de banho tomado e mais relexados, fomos conversar com o Sr. Pedro.
Ele contou sobre viajantes de bicicleta que passaram pela pousada dele. Uma mulher que veio da Argentina que viajava sozinha de bicicleta. E de três jovens missionários que saíram de bicicleta do sul do país em direção a Manaus.

Muito obrigado a Deus por este dia. Agradeço a Miriam, aos familiares e amigos pela força.

SEGUNDO DIA

Saída: Barreiros - PE
Chegada: Maceió - AL
Início do pedal do dia: 05:20
Término do pedal do dia: 20:05

Acordamos pouco depois das quatro da manhã. O Sr. Pedro veio trazer café quentinho, feito na hora. Tomamos o café juntamente com o pacote de bolachas que eu havia comprado na loja de conveniência do posto ao lado da Pousada, na noite anterior.

Bom dia.  Estamos na estrada novamente após 110 km pedalados no primeiro dia.
E a aventura continua neste segundo dia da cicloviagem.
A partir deste segundo dia até o quinto dia foi de muito sol. Sol forte.

5:22 da manhã. Início do dia junto com o nascer do sol, no frescor matinal, alegria indescritível em companhia de bons amigos.

Manhã da alegria.


Pedalamos uma dúzia de quilômetros em 50 minutos e chegamos em São José da Coroa Grande às 6:10

A alegria contagiante dos ciclistas se espalha para os moradores




Alexandre preparado para distribuir mais revistas na praça.


Alegria sem tamanho ao avistar a primeira divisa de Estados. Mais alguns passos para adentrarmos no estado alagoano.

Alexandre já sentindo a emoção de chegar no segundo Estado de bicicleta.




A comprovação de que realmente  já estávamos pedalando em Alagoas veio logo.

Alexandre espalhando as boas novas por toda parte que percorremos.


Paramos no Restaurante Autocafé Maragogi para saborear pão de queijo com café. Comprei também doces de banana. Observei várias bicicletas de funcionários no bicicletário do estabelecimento. Percebi que nenhuma estava com cadeado e comentei a tranquilidade com Alexandre e Etiene.


Povo muito receptivo. Não precisamos nem procurar pessoas. Os próprios transeuntes vinham em nossa direção. Quando já havíamos fechado a mochila, logo veio até um casal de moto perguntando sobre as revistas que estávamos distribuindo.

Divulgação da Seicho-No-Ie em Maragogi, Alagoas






Mais distribuição de revistas. Às 9:00 paramos para descansar as pernas de Etiene que já começaram a doer. Recomendei o Etiene sentar na sombra e o Alexandre fez alongamento nas pernas do Etiene. Logo depois de alguns minutos Etiene já estava novamente com toda disposição.


De bicicleta prosseguimos sem ser afetado pelo pequeno congestionamento no trânsito devido ao trecho de "Pare-Siga"


Em Alagoas percorremos a Rodovia Estadual AL 101 trecho que liga Maragogi a Maceió, Caribe brasileiro! A foto mostra 1% da beleza. Os outros 99% só podem ser conhecidos se você visitar pessoalmente. É apaixonante!

Pela paisagem paradisíaca da Praia de Maragogi pedalamos aproximadamente 10km até Japaratinga. 



Sigo contemplando as belezas naturais e as praias paradisíacas; ouvindo o agradável som das ondas! 

Próximo a Japaratinga, ficamos atentos à bifurcação para não seguir pela AL465 (que é asfaltada, mas se distancia do litoral e aumenta a viagem em mais de 30 km). Pretendíamos encurtar o caminho, incluindo uma balsa no percurso.  Vamos permanecer na AL101 (que neste trecho não é pavimentada) para apreciar o mar. 


Eu e  Alexandre ficamos nos mirantes  deslumbrando a beleza da natureza. 
Já o Etiene  foi dar mergulho rápido que não durou mais de dez minutos na praia.

Aqui o Etiene tomou banho de praia solitário.
São 6km de pedalada por local encantador até o mirante da Barreira do Boqueirão. Da Barreira até a foz do rio Manguaba são mais 4 km junto a paisagem inesquecível.




A bicicleta propicia a oportunidade de interagir com as pessoas e sentir a natureza de forma intensa e vislumbrar todo seu esplendor, como o calor do sol, frescor da chuva, o conforto de uma sobra debaixo de uma árvore,  a brisa junto com o aroma que vem da praia e plantas.

 Somente de bicicleta é possível parar a cada dois quilômetros e bater uma foto. O simples fato de tomar água do cantil nesses momentos se torna uma benção e uma satisfação sem igual.



Mirantes para ficar deslumbrado com a beleza da natureza.





Chegamos na foz do rio Manguaba e seguimos para a Estação Ferryboat, para  embarcar na balsa, de Japaratinga a Porto de Pedras. Não há ponte para Porto de Pedras. Há balsas para levar os carros. Bicicleta não paga se atravessar o rio na balsa, mas tem que aguardar completar a embarcação com carros pagantes. A espera estimada era de 15 minutos. Informaram que se estivéssemos com pressa, bastaria pagar dois reais por bicicleta se quiséssemos efetuar a travessia sem espera, naquele barco azul da foto acima. Preferimos descansar tomando caldo de cana no aguardo da balsa gratuita.

Na Estação Ferryboat aguardando a chamada para embarque.


Aqui está o sempre sorridente Etiene divulgando o ensinamento para as pessoas que ouviram pela primeira vez alguém falar sobre a Seicho-No-Ie

Já dentro da embarcação ferryboat durante a travessia da enorme foz do rio Manguaba, com destino a Porto de Pedra, no outro lado da margem.






Saímos de Recife com 245 revistas. Pense num peso para carregar nas costas. Descobrimos literalmente que o que pesa é a verdade! (risos)  Agora já estamos com menos peso pois já divulgamos mais de 200 revistas. A bicicleta permite a abertura das pessoas para nos ouvirem pois elas próprias perguntam de onde estamos vindo e até onde nós vamos e qual é o propósito da viagem.
Neste momento  aproveitamos para dizer que estamos divulgando a Seicho-No-Ie e elas pedem para explicar o que é isso!




Eu estava postando algumas fotos nos grupos dos familiares e amigos no Whatsapp, na medida do possível, pois nem todo local consegue-se sinal de dados móveis. Aqui já estávamos recebendo bastante apoio dos amigos.

Liguei para o Pedro Augusto, Presidente da Fraternidade da Regional AL-Maceió, da Seicho-No-Ie, avisando que tivemos atraso no primeiro dia e que possivelmente não iríamos pernoitar em Maceió, caso não conseguíssemos recuperar o atraso. E que provavelmente iríamos ficar em uma pousada antes de Maceió, caso ficasse tarde. O Pedro disse que estaria na Regional até dez horas da noite e caso avisássemos que estaríamos perto, ainda esperaria-nos até meia noite! Muita consideração!



Depois de todo esse esforço e aventura pela manhã, estávamos com fome e paramos num estabelecimento onde haviam mesas e cadeiras ocupadas com alguns clientes. Perguntei o que eles tinham para o almoço. Disseram que só tinham bebidas. Então pedi um guaraná ou coca-cola.  Mas responderam que só tinham cerveja. Nenhum de nós três quis ingerir bebida alcoólica. Então seguimos viagem, pedalando.

Ainda em São Miguel dos Milagres encontramos um pequeno restaurante self service caseiro, que esqueci de fotografar. Doze reais por pessoa, sem balança. Comida simples e saborosa. Além das opções de comidas oferecidas no self-service, a dona do restaurante, uma senhora bastante atenciosa, nos preparou como cortesia um peito de frango assado na hora, só pelo fato de estamos viajando de bicicleta. O almoço estava tão farto que ficamos com a barriga pesada para pedalar. Ainda pedimos água mineral e no final coca-cola.
Compramos ainda mais alguns litros de água mineral para levar na bagagem, pois o sol estava muito forte. O calor, não precisa nem comentar,  dá para imaginar como estava intenso.

De Porto de Pedras, pedalamos 16km até São Miguel dos Milagres. 






Pedalando em São Miguel dos Milagres, Litoral norte de Alagoas.




Até o momento, percorremos de bicicleta, desde que iniciamos esta inesquecível viagem, 180km. 


A partir de São Miguel dos Milagres, são mais 7km até Barra de Camaragibe. Neste vilarejo, fica a foz do Rio Camaragibe. Para seguir para a margem oposta, não há ponte.
Mais uma vez, optamos por fazer um atalho, utilizando uma embarcação.
Para pegar barco, adentramos por uma trilha de, se não me engano, de uns 400 metros da rodovia até o rio Camaragibe. Pagamos passagem de dois reais por bicicleta pela travessia pelo rio.
Se não pegássemos barco, aumentaria a viagem em mais de 30km, via Passo de Camaragibe, e teríamos que seguir pelas rodovias AL435, AL430 e AL425.


Fizemos  a divulgação da Seicho-No-Ie e distribuímos algumas revistas aos pescadores e moradores(as) da localidade. Na foto, os pescadores e moradores folheando as revistas sagradas.









Ao desembarcar, perguntei ao dono da embarcação se teria como alcançarmos a rodovia AL101 pela praia. Ele disse que pela praia não daria para ir, pois a maré estava alta. E mostrou uma trilha que passa por dentro de uma fazenda particular.
Para não dizer que não sofremos nenhuma queda, houve uma única vez que levamos tombo com a bicicleta carregada de bagagem. Mas graças a Deus, foi na areia fofa da trilha pelo coqueiral da foto acima. Ninguém se machucou.

A topografia da rodovia AL 101 no litoral norte de Alagoas é relativamente plana, porém pelo atalho que pegamos, enfrentamos a maior subida deste segundo dia. Treinamento para a subida da Academia que ocorreria no sexto dia.

14h40m. O trecho mais radical da viagem. Depois de uma igrejinha deparamos com subida fortíssima.

Pedalamos pelas estradas sem pavimentação da fazenda em Vila São Pedro. 

Depois de alguns  quilômetros, notamos que já estávamos perto de terminar a área daquela fazenda pois avistamos as cercas de arame farpado. Para sairmos da propriedade, precisaríamos de encontrar a porteira, o que ocorreu com certa facilidade. O vigilante abriu a porteira para permitir nossa saída  e ainda nos indicou o caminho da rodovia.

Em seguida uma sequência de descidas e algumas subidas menores. Tudo em estrada de terra batida e barro. Ao finalmente terminarmos de subir e descer montanhas, chegamos a estrada plana, de barro. Apesar da vegetação encobrir a vista da praia, sabíamos que já estávamos quase beirando o mar, pois podíamos perceber tanto pelo nosso olfato como pela audição, uma vez que estávamos em bicicleta, veículo aberto e silencioso que permite ouvir as ondas do mar e o aroma inconfundível da praia.
Como havia chovido nos dias que antecederam nossa viagem, o resultado foi lama. Bastante lama naquele trecho da estrada. Graças a Deus, inacreditavelmente não derrapamos nenhuma vez. 


Logo ao chegarmos em Barra de Santo Antônio, Alagoas, às 16:00, paramos na primeira padaria que encontramos próximo a Praia do Carro Quebrado.
Tomamos um refrigerante, sentados em cadeira de plástico e enquanto descansávamos, o Etiene conversava com bastante empolgação, com os atendentes e clientes daquele estabelecimento, rindo das loucuras da nossa aventura! Quando eles souberam que vínhamos de Recife e que iríamos a Bahia, prestaram ainda mais atenção na nossa história. Mas ficamos ali só uns quinze minutos pois ainda faltam 43km para chegar na Regional AL Maceió da Seicho-No-Ie  e mais 566 km até a Academia de Santa Fé, na Bahia.



Barra de Santo Antônio, Alagoas, 16:28



Às 17:15, com bastante alívio e alegria, avistamos a placa indicando o Município de Maceió. Decidimos seguir até a Regional AL-Maceió, mesmo pedalando à noite que estava por vir e sabendo que ainda restavam 25km, que pareciam intermináveis.



Às 18:45 estávamos pedalando pela orla das praias de Maceió.

Aqui na orla ativei o GPS do celular inadvertidamente no "modo bicicleta" ao invés de "modo carro" e o aplicativo, no afã de mostrar o caminho mais curto, indicou uma rota nada recomendável. Passamos por uma ladeira extremamente íngreme para as bicicletas carregadas de bagagem e ainda por uma escadaria, dificultando bastante nosso deslocamento.
A certa altura, quase no topo da ladeira, o Etiene não aguentou empurrar a bicicleta carregada. Eu esperei lá em cima do morro e esperei Alexandre chegar. Fiquei segurando a bicicleta de Alexandre para que o Alexandre pudesse descer andando para ir lá embaixo buscar e ajudar o Etiene a empurrar a bicicleta. Percebemos que o GPS mais atrapalhava do que ajudava e decidimos seguir indicação de moradores do que enfrentar a tantas barreiras. Perguntamos a algumas pessoas que não souberam informar um caminho melhor. Por sorte encontramos um motoboy que disse ser entregador de gás. Ele apontou o caminho para rodoviária, o que já seria uma excelente indicação, pois fica pertinho da Regional AL-Maceió.



Chegada na Regional AL Maceió às 20:05 após 250km pedalados em dois dias.




Fomos recebidos na Regional AL-Maceió, com muita alegria pelo Presidente da Federação  Fraternidade Regional AL Maceió, Pedro Augusto, que nos deu toda atenção.
Já quase  exaustos fisicamente,  mas com  espírito com muita disposição para a viagem,  tomamos banho e café.
Conversando com o Pedro Augusto, tivemos a ideia de alterar um pouco o plano.
Pesquisei na internet e descobri que às 6 horas da manhã do dia seguinte, havia ônibus saindo de Maceió com destino a Aracaju.
Na mesma noite, um pouco depois, eu e Alexandre preparamos nosso jantar com dois pacotes de macarrão instantâneo juntamente com sardinhas em lata. Já o Etiene a essa altura já estava dormindo. Pernoitamos em colchonetes na Regional.

TERCEIRO DIA

Saída: Aracaju - SE. Viajamos de ônibus de Maceió - AL até Aracaju - SE
Chegada: Itaporanga d'Ajuda - SE
Início do pedal do dia: 13:10
Término do pedal do dia: 16:40

Acordamos às 4 horas da manhã e realizamos a meditação Shinsokan.


Preparamos o café da manhã na cozinha da Regional, café preto com biscoitos, banana e bolachas que trouxemos na bicicleta, pois onde iríamos encontrar padaria aberta a aquela hora?  O Sr Pedro Augusto chegou logo depois para abrir a regional e saímos às 5:20 da manhã para o terceiro dia da nossa expedição em bicicletas. Às 5:30 h da manhã já estávamos na Rodoviária de Maceió. Embarcamos às 6h no ônibus com destino a Aracajú, Sergipe.


Às 5:30 h da manhã estávamos na Rodoviária de Maceió. Embarcamos às 6h no ônibus com destino a Aracajú, Sergipe.
As empresas de ônibus são obrigadas por lei a aceitar bicicletas como bagagem e não podem cobrar a bicicleta como adicional de bagagem. Na maioria dos ônibus interestaduais a bicicleta aro 26 cabe em pé no bagageiro sem precisar desmontar. Apenas tirei a roda dianteira da minha bicicleta, por ser aro 29.

Já  dentro do ônibus,  liguei para o Preletor Luiz Alberto, presidente  da Federação Fraternidade da Regional SE-Aracaju da Seicho-No-Ie, avisando que estaríamos  chegando logo mais em Aracaju.
Chegamos na Rodoviária de Aracaju às 10:25
Pedalamos pouco mais de três quilômetros até a Regional SE-Aracaju da Seicho-No-Ie.
O Supervisor da Regional SE-Aracaju, Preletor Juraci Muniz de Santana nos acolheu com muito amor em sua regional, onde tomamos café da manhã que substituiu nosso almoço. Ele até nos convidou para o almoço, porém acabamos declinando para não atrasar nossa viagem.




Aconteceu um imprevisto engraçado, ainda  na  Regional de  Aracaju.
O tênis amarelo do Etiene caiu o solado devido ao esforço excessivo dos dois dias anteriores. Descalço  Etiene,  junto  com Preletor Marivaldo foram para a sapataria. O sol estava extremamente forte e Etiene, após andar poucos passos, voltou correndo e pulando dizendo que os pés já  estavam quase queimando. Joguei minha sandália para o Etiene calçar. 
Já na loja, devido o longo percurso ainda por realizar  na viagem, Etiene acabou comprando um novo tênis, agora azul.


13h04m. Na despedida, Preletor Marivaldo trouxe uma caixa com talvez quinhentas revistas, porém, devido ao peso, decidimos por levar 75 revistas.


Faltando menos de 300km agora.


13h47m. O sol estava extremamente intenso no dia. Aí estou tentando me proteger da incidência extrema dos raios solares com muito creme protetor que havia acabado  de comprar na Rodoviária de Aracaju.


Enquanto eu e Etiene tomávamos água de coco, o Alexandre não perdia tempo em divulgar a Seicho-No-Ie para os transeuntes e pessoas que aguardavam na parada de ônibus.



Novamente eu tentando me proteger do sol forte. Buscava uma sombra improvisada com toalha no rosto.


Não tivemos muitas subidas fortes no trecho e às 16h30m já estávamos quase  chegamos ao término do terceiro dia da aventura. Desta vez graças a Deus, ainda sob a luz do dia.

Ainda teremos emoções  do quarto, quinto e sexto dia.


Chegada em Itaporanga d'Ajuda, Sergipe, às 16:40


Vamos pernoitar em Itaporanga d'Ajuda neste terceiro dia da aventura no terceiro Estado pedalado: Pernambuco, Alagoas e agora em Sergipe.


Já na Praça de Eventos de Itaporanga d' Ajuda avistamos a Pousada Itaporanga d' Ajuda, junto ao Posto J. Macário II.

O pernoite custaria vinte reais para cada um, e fechamos em cinquenta reais o quarto para três, pois dissemos que iríamos ainda jantar no restaurante da Pousada. A janta custou doze reais para cada um.

A comida servida foi um jantar regional com cuscuz, inhame, macaxeira, tapioca e carne guizada. O Alexandre pediu para substituir a carne por queijo, porém como o restaurante  não dispunha de queijo na ocasião, ele pediu ovos fritos. Enquanto jantávamos, a atendente disse que havia chegado um ciclista na pousada e perguntou se o quarto cicloviajante estava no nosso grupo. Surpresos, respondemos que não.

Encontramos o cicloviajante Paulo Pecê (de capacete na foto) na pousada em Itaporanga d Ajuda, Sergipe. Este senhor Paulo, que já saiu inclusive em reportagens na TV, divulga a conscientização ambiental de bicicleta e está há oito meses na estrada fazendo palestras voluntariamente nas escolas, órgãos públicos e Indústrias. Estávamos efetuando a meditação shinsokan no quarto da pousada e ele disse que achou bonito e aquilo o atraiu e aguardou nós terminarmos a meditação. Ele veio falar conosco e perguntou para onde iríamos e de onde estávamos vindo. Falamos  que a Seicho No-Ie também tem em sua missão o amor à natureza.
Ele ficou preocupado com o prazo e o percurso traçado. Ele disse que conhece muito bem a região e que naquele trecho as subidas são muitas, são quase intransponíveis de bicicleta carregada. Ainda mais com o sol muito forte e para quem está fazendo este percurso pela primeira vez na vida de bicicleta, e ainda com prazo tão curto.  Falou que deveríamos pensar em outra alternativa ou outra rota ao invés de irmos para a academia de Santa Fé em Mata de São João pela BA-093. Agradeci a preocupação dele mas disse que iríamos manter a rota e o propósito. Fiquei um pouco receoso mas não a ponto de desistir e orei a Deus para que nos desse forças para seguir o caminho.

Paulo Pecê nos deu dicas valiosas e imprescindíveis de como passar vários dias viajando de bicicleta.
Disse da importância de portarmos o documento para cicloturista.  Enfatizou a importância de se levar pelo menos cinco litros de água. Ele contou da aventura dele na Amazônia e que desmaiou na estrada por falta de água e que foi socorrido por um motociclista. Deu dica de como levar bastante gelada conservando a temperatura por mais tempo. Falou sobre a importância de cuidarmos da Natureza, principalmente dos rios.

QUARTO DIA

Saída: Itaporanga d'Ajuda - SE
Chegada: Cristinápolis - SE
 Início do pedal do dia: 04:40
Término do pedal do dia: 16:45

Eu, juntamente com Etiene e Alexandre peguei minha bicicleta e segui viagem. 
Senti-me cercado pela natureza em toda a sua beleza.
Curti a presença de cada flor, de cada coqueiro e de cada rio que atravessei, a brisa do mar, o som das ondas, o inebriante cheiro da praia.
Desfrutei o calor escaldante do sol e o frescor da chuva. Pelos vilarejos, vi a claridade ofuscante do dia em toda sua intensidade e a escuridão da noite e a beleza das estrelas, difíceis de se notar nas grandes cidades.
Percebi que as pessoas são maravilhosas. Justamente as mais humildes são as que estão mais dispostas e prontas a ajudar. Em cada cidade que fico, vou deixando a revista sagrada para iluminar ainda mais a vida dessas pessoas.
Quando viajo de bicicleta, uso somente minha própria força para chegar aos lugares mais incríveis do planeta, inacessíveis de carro.
Pequenos prazeres, como tomar água, desfrutar da sombra debaixo de uma árvore, vão se tornando verdadeiras bênçãos nessas horas.
Ao viajar de bicicleta, tudo o que levo é o que posso carregar comigo.
Deve ser por conta desta simplicidade que fico mais perceptível a situações como o entardecer e as nuvens alaranjadas. E o amanhecer é um novo convite para pedalar e desfrutar as melhores coisas que o mundo tem a oferecer.



Ao fundo é possível avistar a beleza da neblina, névoa, espécie de nuvem próximo ao solo.
Ficamos maravilhados e admirando este espetáculo da natureza, que só a bicicleta pode proporcionar.


Nas mãos de Deus, vamos em frente! Protegidos por Deus, seguimos em paz!

Bom dia. Manhã da felicidade.
Neste nosso quarto dia da viagem acordamos às 4 horas da manhã assim como todos os dias e fizemos a meditação shinsokan. Preparamos nossas bagagens e as revistas da Seicho-No-Ie e seguimos viagem juntamente com o nascer do sol.






Já distanciamos alguns quilômetros de Itaporanga d'Ajuda quando o sol raiou.



Já apareceram as placas de Salvador e Estância.

Num longo trecho em declive, tivemos problema com o aro que se partiu da roda traseira da Bribri, a bicicleta de Etiene.
Seriam 20km para voltar à Itaporanga d' Ajuda ou seguir adiante 17km até Estância. Preferimos continuar em frente, empurrando a bicicleta. A pé levaríamos mais de três horas até chegar em Estância, o que iria comprometer seriamente o planejamento do dia e da viagem.

Até que apareceu um filho de Deus, chamado Elias, coincidentemente natural de Recife que ofereceu ajuda em seu carro pequeno, um Corsa, onde caberia apenas uma bicicleta. O Elias disse para mim e Alexandre que levaria Etiene e a bicicleta Bribri até a Big Bike em Cidade Nova, antes do centro de Estância, distante aproximadamente de 14 km do ponto que estávamos. Apenas disse para ficarmos atentos a uma lombada eletrônica na BR101 próximo a Estância, que seria o local onde deveríamos dobrar a esquerda e seguir pela estrada que dá acesso ao bairro de cidade nova. E assim dizendo, o Elias saiu disparado levando o Etiene. 

Eu e Alexandre iremos seguir em nossas bicicletas a procura de Etiene que certamente estaria na bicicletaria.
Lembrando que no local que estávamos não havia sinal de telefonia, muito menos sinal de internet. Não havia como nos comunicarmos com Etiene naquele momento.


Longo trecho inabitado que percorremos eu e Alexandre correndo de bicicleta para chegar à bicicletaria, onde o Etiene já havia chegado de carro e certamente estaria consertando a bicicleta e a nossa espera.

Faltando uns cinco quilômetros para chegar à cidade, conseguimos sinal de dados móveis e Etiene mandou a foto acima e a foto abaixo, o que nos tranquilizou bastante (a mim e Alexandre).




Ainda pedalamos uma longa reta até chegar à Cidade Nova, em Estância.



Ao finalmente chegarmos em Cidade Nova, eu e Alexandre saímos perguntando para os moradores a localização da Big Bike. Depois de alguns minutos de procura, com muita alegria encontramos a bicicletaria.

A bicicletaria Big Bike do jovem chamado Júnior consertou a bicicleta por R$ 15 mais R$ 35 do aro que se partiu.

Enquanto aguardávamos a conclusão do conserto da bicicleta de Etiene, o Alexandre foi à feira próxima e comprou melão. Trouxe fatiado. Melão enorme, maduro e delicioso.



09:44 Felizes, de volta a estrada, com bicicleta consertada, passando pelo centro de Estância.

Próxima cidade: Umbaúba, distante 32km de Estância.

Faltando agora pouco mais de 200 km até a academia de Treinamento espiritual de Santa Fé



Tem sagui nestas fotos das árvores e cerca de arame farpado. Clique na foto, amplie e tente achar.






Aqui já havíamos passado da hora do almoço. Sabíamos que não haveria cidades no mapa nas próximas duas horas de pedalada. Comemos as sardinhas em lata que levamos. O suco caiu do céu,  pois Etiene encontrou um limão que acabou de cair da árvore bem na beira da estrada.  Não pensamos duas vezes,  fizemos limonada junto com a água e açúcar que colocamos na bagagem.
Almoçamos rodeados pela Natureza debaixo da sombra de uma árvore observando um sagui que apareceu bem de pertinho.



Logo seguimos felizes e satisfeitos pela estrada.
Seguimos a nossa saga em bicicleta, pedalando debaixo de sol quente por quilômetros e quilômetros pelo interior de Sergipe, pelo acostamento da BR 101. 


Após uma hora de pedal, sem sequer uma vivalma, encontramos finalmente uma barraca.
Ao fundo o senhor Eronilde, dono da barraca de coco. Ficou muito admirado com nossa viagem. Alexandre explicou sobre a Seicho-No-Ie e entregou a revista. Ele disse que não sabe ler, mas disse que iria pedir para a esposa ler. Ao final o humilde sr. Eronilde, mas muito generoso e rico  espiritualmente ofereceu uma jaca de presente e ainda queria que levássemos um saco de laranja.  Gentilmente tivemos que recusar devido ao peso. Acabamos aceitando apenas algumas laranjas de presente.

Até agora só encontramos pessoas maravilhosas pelo nosso caminho.


12h13m

Mais propagação de revistas da Seicho-No-Ie, agora em Umbaúba, Sergipe. 14h05m


Estávamos já empurrando as bicicletas na longa subida após Umbaúba num calor de derreter, e achávamos que não iríamos mais aguentar.

14h15m. Do nada, apareceu um trator que nos concedeu carona para superarmos a subida.
A realização do planejado para este quarto dia da viagem em tempo hábil  contou com a colaboração divina de um motorista de trator que ofereceu carona de cinco quilômetros para nós três e nossas bicicletas. 


Etiene foi o primeiro a subir no trator. Alexandre ficou um pouco relutante em aceitar a carona.

Porém,  uma vez em cima do trator, o Divulgador Alexandre não perdeu tempo, estava já falando da Seicho-No-Ie e divulgando as revistas para os trabalhadores e estudantes que estavam naquele veículo rural. 

14h22m.A carona foi concluída com aproximadamente sete minutos (ou pouco mais) e cinco quilômetros economizados de pedal.







Faltando agora menos de 200 km até a academia de Treinamento espiritual de Santa Fé


Finalmente, às 14:41 alcançamos o município de Cristinápolis, Sergipe. Mais alguns quilômetros estaremos na cidade.
Antes, porém, se prepare para um longo trecho de aclive acentuado que ainda está por vir. 


Mais subidas e ainda mais subidas.



Numa das fotos eu e Etiene estávamos já comemorando o término da forte subida. O Alexandre já estava bem mais adiantado, lá no topo da montanha. Porém, quando terminamos a curva, descobrimos que havia ainda mais subidas depois da curva. O fato de não enxergarmos não significa que não exista. A subida estava o tempo todo lá,  apenas não a vimos por estar após a curva! 

Consegue ver o arco iris?


Chegamos em Cristinápolis, a última cidade de Sergipe, antes da divisa com o Estado da Bahia às 16:30h com 90km percorridos só hoje. Conseguimos alcançar a meta de hoje, mesmo com os imprevistos, sol escaldante e MUITA, MAS MUITAS subidas.


Ficamos na Pousada Cristinápolis, junto ao posto Caioba. A responsável pelo estabelecimento, dona Marcia perguntou como fazíamos para lavar nossas roupas. Nós respondemos que trouxemos sabão de coco e que lavámos na torneira mesmo. Ela prontamente ofereceu a máquina de lavar, recolheu  nossas roupas sujas e as colocou para lavar. Quando fui apanhar minhas roupas na máquina, a solícita senhora já havia estendido nossas roupas.
Perguntamos que horas o restaurante abriria no dia seguinte para tomarmos café da manhã. Ela disse que o restaurante é de outra equipe, mas que só abre às 7h, mas que se quiséssemos, ela pediria para abrir às 6:30. Respondemos que 6:30 já seria muito tarde, pois pretendíamos sair às 4:40 e que tomaríamos café na estrada. Porém no dia seguinte, a dona Marcia muito gentilmente acordou de madrugada e trouxe café feito na hora e nos serviu uma vitamina de abacate. Ficamos muito agradecidos e até emocionados com tamanha atenção recebida e já estávamos estendendo uma nota de vinte reais, ao que ela recusou, dizendo que era de coração a boa vontade dela.

Faltam agora 167km para concluir a viagem. A meta é fazer 105km na quinta-feira e 62km finais na sexta feira.  O planejamento deve ser cumprido rigorosamente a cada horário estabelecido, para não escurecer na estrada. São dezenas de km que separam uma cidade a outra e quilômetros e mais quilômetros desabitados.  Não podemos ficar sem água, o item mais essencial para a  viagem, porém não podemos levar muito peso nem muito volume. É preciso calcular detalhadamente.


O que a princípio parecia impossível estava se tornando realidade. O que parecia intransponível estávamos conseguindo ultrapassar. O sonho acalentado pelos jovens cinquentões Ronaldo Hiramine, 53 anos; José Alexandre, 54 anos; Etiene Oliveira, 51 anos estava se realizando de forma  fascinante. 

Eu não  havia batido a foto de nossa  chegada em Cristinápolis.  Já quando estávamos acomodados na pousada,  chamei Etiene e Alexandre para voltarmos pedalando uma ou duas quadras à Praça e garantirmos o registro fotográfico.
Logo após  a foto, o Etiene voltou à Pousada. Eu  e Alexandre  ainda fomos a um pequeno supermercado próximo, para comprarmos alguns mantimentos, como biscoitos, quatro garrafas de 1,5 litros de água mineral, limão  para fazer limonada e algumas frutas.
Assim que eu e Alexandre chegamos de volta à  Pousada, o Alexandre  percebeu que havia esquecido de deixar a chave do quarto  na Pousada ou com Etiene. O Etiene ficou alguns instantes sem poder entrar ao quarto.


Utilizo a bicicleta em busca da simplicidade, da satisfação e gratidão com coisas simples. Ao passar a utilizar a bicicleta, encontrei uma vida mais natural, saudável e feliz.

Aos 53 anos de idade, uso a bicicleta para incentivar os jovens e adultos a descobrirem uma vida mais vibrante, saudável para o corpo, mente e espírito com uma vida rica em valores espirituais.

Viajando de bicicleta aprendi a contemplar a natureza. Passei a ter satisfação com as coisas simples como um copo de água ou uma sombra debaixo de uma árvore em dia de sol quente. Comecei a sentir uma felicidade indescritível de um banho frio após uma pedalada.

Notei que quando pedalo, tenho momento de meditação ao ar livre. Passei a cultivar a suavidade, o silêncio a reflexão.

A bicicleta, indiscutivelmente, aumentou meu respeito às pessoas, em especial, às mais humildes.

A bicicleta alivia o meu stress, ajuda a reduzir meu ímpeto ao consumismo. Ao enfrentar longas distâncias de bicicleta,
aprimoro minha persistência. Ao defrontar com subidas intermináveis, cultivo a paciência e
aprimoro o equilíbrio.

A opção do uso de bicicleta possibilitou-me transcender o carma de vida ociosa, sedentária, estressada e agressiva ao meio ambiente.
Passei a ter melhor controle da ambição,
aprendi a superar a preguiça,
a superar o sedentarismo.

A bicicleta me ajuda a compreender melhor a natureza e pode ajudar homens e mulheres a abandonarem o antropocentrismo e reduzirem desperdício,
diminuindo a ânsia do imediatismo.

Decidi pedalar e encontrei um estilo de vida saudável, feliz em harmonia com a natureza.

Viva o meio ambiente!
Muito obrigado a natureza!



QUINTO DIA

Saída: Cristinápolis - SE
Chegada: Araçás - BA
Início do pedal do dia: 04:35
Término do pedal do dia: 16:30













Hoje, quinto dia da nossa viagem, a emoção foi muito forte logo ao nascer do novo dia, ou melhor,  pouco antes do raiar do dia.  Começamos a pedalar as 4:40. Era cinco horas da madrugada quando avistamos a placa "Divisa de  Estados:  Bahia - Sergipe".  Meu amigo e irmão de fé Alexandre chorou copiosamente de emoção. Chorou até quase soluçar. Se caminhássemos mais dois passos estaríamos adentrando de bicicleta no quarto e último Estado da nossa viagem: Bahia, depois de já termos superado Pernambuco, Alagoas e Sergipe, apesar de todos os obstáculos enfrentados.
Naquele momento, todas as dores que sentimos pelo caminho foram inteiramente recompensadas. E todas as alegrias foram multiplicadas. Não havia mais necessidade equivocada de orgulho para provar para os outros que seria possível realizar este nosso sonho acalentado por bastante tempo. O que importava naquele momento mágico era que não havia mais dúvidas em nossos corações se o nosso sonho seria possível ser realizado ou não. Nós três nos abraçamos e choramos.
Senti junto com Alexandre a mesma emoção. A foto apesar de ter saído um pouco tremida, tem um significado todo especial para mim, e sem dúvida para nós três. Muito obrigado Deus pela proteção e orientação. Muito obrigado ao carinho de todas as pessoas, pois este sim é grande incentivo para realizarmos este feito.



Aos poucos o sol vem surgindo no horizonte, já em território baiano.






Pedalamos com muita alegria, já no estado da Bahia.
https://youtu.be/OA8eEiL-LUw










Aqui o Etiene se empolgou bastante e saiu a todo vapor pedalando na frente.
Já havíamos passado pela primeira cidade no estado da Bahia, Esplanada. Próxima cidade Entre Rios daqui a 25 Km

Etiene teve muita dor nas coxas numa enorme subida situada entre Esplanada a Entre Rios. Surgiu o maravilhoso motorista de um caminhão reboque que aceitou levar nós três e nossas bicicletas até Entre Rios. Pegamos carona de uns 12 km.

Almoçamos no restaurante do posto de combustível em que o motorista nos deixou em Entre Rios, Bahia. Alexandre e Etiene manifestaram opiniões divergentes se deveríamos aceitar caronas ou não. Alexandre disse que não queria ter aceitado esta última carona.
Argumentei com Alexandre que eu e Alexandre estávamos em bicicleta com marcha e o Etiene estava em uma bicicleta monomarcha (sem marcha) e que deveríamos entender e ser compreensivos com este desafio a mais para o Etiene. Além disso, não só a essa altura da viagem, mas durante todo o percurso, deveríamos nos preocupar mais com a segurança, para que todos pudessem chegar sem qualquer lesão. Alexandre depois disse para mim e Etiene que passou a tarde toda fazendo Oração de Perdão para o Etiene. Na bicicleta aprendemos a compreender o sofrimento e alegria do outro.
Descansamos no restaurante por aproximadamente uma hora para Etiene se recuperar.

Prometemos não forçar muito o ritmo doravante. Tomamos a decisão de, daqui para frente, toda subida empurrar a bicicleta e não pedalar nos aclives para não forçar as pernas nesta etapa final e ninguém se lesionar. Estamos a 95km da Academia de Santa Fé.



De volta à Estrada. Finalmente a BA-093, estrada que dá acesso à cidade de Mata de São João.

Apesar de algumas subidas, verifiquei na altimetria do Google Maps que neste trecho da BA-093 há mais descidas do que subidas. Esta boa notícia reanimou as forças de Etiene para cumprirmos o desafio estabelecido para o dia.


Estamos distantes 80km da Academia da Seicho-No-Ie de Santa Fé. 90% do percurso concluído, restando agora apenas 10%!!!














A bela rodovia BA-093, ao percorrermos de bicicleta, nos encantava os olhos.


Um pouco de descanso para os ciclistas e bicicletas. A última parada do dia antes de chegar na pousada.

Chegamos em Araças,  município do interior baiano distante 63km da Academia de Santa Fé, antes das 17h, sob a proteção de Deus. Concluímos este quinto dia dentro da meta.🙏🙏🙏


Na Pousada Maravilha, em Araçás, a proprietária, dona Nena, preparou um jantar regional de macaxeira, cuscuz, queijo, café, leite, ovos. Aqui deixamos a nossa última revista da Seicho-No-Ie que ainda restava na bagagem de Alexandre.
No momento que eu estava acertando a diária, eu falei que nós iríamos sair às 4:40 da manhã. Ao que ela respondeu dizendo que deixaria a chave do portão da pousada conosco para que pudéssemos sair tão cedo. E que bastaria a gente, assim que saíssemos do estabelecimento, trancar o cadeado e jogar a chave para dentro da pousada.

SEXTO DIA

Saída: Araçás - BA
Chegada: Academia de Santa Fé, 22km após a cidade de Mata de São João
Início do pedal do dia: 04:40 
Término do pedal do dia: 13:05


Estava ainda escuro quando deixamos a Pousada Maravilha, em Araças, Bahia.
Naquele momento, havíamos  acabado de  trancar o cadeado da pousada e jogado a chave para dentro do estabelecimento.  Só então  o  Alexandre percebeu  que havia esquecido a garrafinha de água dele no quarto. Eu falei que era preferível seguir viagem, a esperar na rua  até 6:30 para a pousada abrir. Alexandre e Etiene concordaram e deixamos a garrafa de água para trás. Alexandre teria que utilizar a garrafa pet como cantil improvisado até a conclusão  da viagem.


Manhã com neblina e temperatura bem agradável. Já no município de Pojuca



A partir dos acontecimentos do quinto  dia, havíamos decidido não forçar nossas pernas nas subidas.  Isso significaria que não iríamos pedalar nas subidas e que iríamos empurrar a bicicleta nos  aclives, sejam eles leves e fortes. Por conseguinte a velocidade média iria cair.
Porém, o importante é todos chegarem com segurança a Academia de Santa Fé. Mais importante do que pedalar seria preservar a integridade física dos três integrantes.

Iniciar a viagem bem cedinho propicia temperatura bem refrescante e convidativa para se pedalar.


Manhã bem agradável para viagem de bicicleta


 Aproximadamente à 6:10 começou a chover.

Por sorte, encontramos um abrigo de parada de ônibus, à beira da estrada, quase no mesmo instante do início da chuva.



As 6:20  no abrigo da parada de ônibus, enquanto aguardávamos a chuva passar,  preparamos nosso café da manhã



As 7:35 passamos pela cidade de Pojuca. Agora só faltam 34 km até o destino.


Etiene foi o primeiro a avistar a placa indicativa da nossa chegada em Mata de São João. Pulamos de alegria, feito crianças.

Muita alegria


Olha só a cara de "tristeza" do Alexandre ao perceber que a viagem já está quase no final.


Bem pertinho de Salvador, orgulhosamente ostentando  a  bicicleta junto da placa.


08:54 da manhã já estávamos na estrada que dá acesso a Academia de Santa Fé da Seicho-No-Ie a partir da cidade de Mata de São João. Alegria incontida!



Alexandre falando sobre a Seicho-No-Ie a um trabalhador rural.




No percurso pela estrada de Mata de São João, tivemos a satisfação de conhecer um entusiasta do ciclismo, e grande incentivador de uso de bicicleta, Ivanzinho Santos. Ele nos abordou para uma pequena entrevista e registro fotográfico. Ele disse que é apreciador da cultura oriental e nos indicou o caminho e distância da Academia.
Ivanzinho Santos nos contou que ele já fez uma viagem para Aracaju em bicicleta, junto com a filha dele. Deu dicas de utilizar tubo de pvc acoplado na bicicleta  para levar meias e cuecas e outros objetos pessoais na bicicleta para evitar molhar na chuva.






Emoção de avistar a placa "Seicho-No-Ie", indicando a direção da Academia.


Intermináveis subidas.

Todas as subidas dos últimos dias foram treinamento para a última subida da viagem.
A boa surpresa por conta de boa parte do trecho asfaltado.
Ainda fomos surpreendidos por uma forte chuva antes de chegar à Academia.




Subida íngreme  em estrada de barro, alguns pontos com lama, o que dificultou  bastante nosso deslocamento. Porém  a vontade de chegar logo era maior que parar.









Coração pulando de alegria, finalmente, a vitória! Teve até fundo musical no celular de Etiene: Tema da Vitória (Ayrton Senna) Roupa Nova.
















Emoção toma conta





Meu relato proferido na academia de Santa Fé, 06/abraço/2019


Boa tarde!  Muito obrigado!
Meu nome é Ronaldo Massato Hiramine, sou Preletor em grau júnior,  estou Presidente da Federação Fraternidade da Regional PE-Recife.
Eu, com 53 anos de idade e o Divulgador José Alexandre com 54 anos, juntamente com Etiene Oliveira, 51 anos,  pegamos nossas bicicletas e saimos de Recife em direção à Academia de Treinamento Espiritual da Seicho-No-Ie de Santa Fé.
Saimos de Recife as 5h da manhã do dia 31 de março e chegamos na Academia de Santa Fé ontem às 13h. Dos 800km de distância pedalamos 530km em seis dias.
Viemos pedalando toda essa distância com o propósito de divulgar a Seicho-No-Ie e o modo feliz de viver em harmonia com a Natureza através do uso da bicicleta. Divulgamos mais de 320 revistas ao longo do percurso.
Acordávamos todos os dias às 4h da manhã para fazer meditação shinsokan. E pegávamos a estrada às 4:40 e pedalávamos até o final da tarde.
Encontramos em toda parte pessoas prestativas. Encontramos em toda parte pessoas admiradas com a viagem de bicicleta e muito receptivas e acolhedoras e isso propiciou abertura para difundir este ensinamento.
Viemos de bicicleta em busca da simplicidade, da satisfação e gratidão com coisas simples. Realizamos esta viagem para incentivar os jovens e adultos a descobrirem uma vida mais vibrante, saudável para o corpo, mente e espírito com uma vida rica em valores espirituais.
Viajando de bicicleta temos oportunidade de contemplar a natureza. De bicicleta pudemos sentir a  satisfação com as coisas simples como um copo de água ou uma sombra debaixo de uma árvore em dia de sol quente. Sentimos uma felicidade indescritível de um banho frio após uma pedalada.
A bicicleta aumentou meu respeito às pessoas, em especial, às mais humildes.

Decidi pedalar e encontrei um estilo de vida saudável, feliz em harmonia com a natureza.

Não sofremos um arranhão sequer.
Não sofremos uma única queda.
Nenhum pneu furado.
Não atraímos nenhuma pessoa  mal intencionada.
Não há dúvidas que viemos sob proteção de Deus e dos antepassados.
Não há dúvidas que viemos sob vibração positiva de muitas pessoas que oraram por nós durante todo o longo percurso que fizemos.

Na quinta-feira, quinto dia da nossa viagem, a emoção foi muito forte logo ao nascer do novo dia, ou melhor,  pouco antes do raiar do dia.  Começamos a pedalar as 4:40. Era cinco horas da madrugada quando avistamos a placa "Divisa de  Estados:  Bahia - Sergipe".  Meu amigo e irmão de fé Alexandre chorou copiosamente de emoção. Chorou até quase soluçar. Se caminhássemos mais dois passos estaríamos adentrando de bicicleta no quarto e último Estado da nossa viagem: Bahia, depois de já termos superado Pernambuco, Alagoas e Sergipe, apesar de todos os obstáculos enfrentados.
Naquele momento, todas as dores que sentimos pelo caminho foram inteiramente recompensadas. E todas as alegrias foram multiplicadas. Não havia mais necessidade equivocada de orgulho para provar para os outros que seria possível realizar este nosso sonho acalentado por bastante tempo. O que importava naquele momento mágico era que não havia mais dúvidas em nossos corações se o nosso sonho seria possível ser realizado ou não. Nós três nos abraçamos e choramos. 
Senti junto com Alexandre a mesma emoção. 
Ao finalmente ao chegarmos pedalando na Academia a emoção e alegria foram maiores ainda!
Muito obrigado Deus pela proteção e orientação. 
Muito obrigado ao carinho de todas as pessoas, pois este sim foi grande incentivo para realizarmos este feito.









Nossa participação no Seminário da Fraternidade (Seminário do Sucesso) na Academia de Santa Fé, dias 6 e 7 de abril.

Recife levou a terceira maior caravana: 3 homens de bicicleta, 3 de avião e 7 de carro e ônibus.




Voltando para casa de ônibus após aventura de bicicleta inesquecível para toda vida!




🙏🙏🙏 muito obrigado de todo coração a cada Fraterno maravilhoso que nos deu forças durante toda a viagem 🙏🙏🙏🙏