Figura 1 – Espaço ocupado por 190 pessoas transportadas por 127 carros, dois ônibus simples ou um ônibus biarticulado (Imagem extraída do site http://google.com.br/imagens)
A figura a seguir ilustra uma campanha realizada pela prefeitura de Münster, na Alemanha, que compara o espaço ocupado por vários modos de transporte e as vantagens de usar transporte público ou bicicleta. A campanha comparou o espaço necessário para transportar 72 pessoas: a) no uso da bicicleta, 72 pessoas são transportadas em 72 bicicletas, ocupando no total 90 metros quadrados; b) no uso do carro, com base na média de ocupação de 1,2 pessoas por carro, 60 carros transportariam 72 pessoas, ocupando 1.000 metros quadrados; c) usando-se o ônibus, 72 pessoas podem ser transportadas em um veículo coletivo, que ocupa 30 metros quadrados (o ônibus, além disso, dispensa a necessidade, nas ruas, de espaço para estacionar).
Figura 2 – Espaço necessário para o transporte do mesmo número de pessoas por carros, ônibus ou bicicletas. (Pôster de campanha do órgão de planejamento da cidade de Münster, Alemanha. Figura extraída do site http://oglobo.globo.com/blogs/ecoverde/posts/2011/02/09/carro-bicicleta-ou-onibus-que-ocupa-mais-espaco-361868.asp)
Outra comparação interessante é apresentada na Figura 3, que ilustra o caso do espaço de vagas de estacionamento ocupado por bicicletas dobráveis, meio de transporte em moda nos tempos atuais em alguns países desenvolvidos, por sua praticidade no deslocamento urbano.
Figura 3 – Espaço necessário para estacionar 48 bicicletas dobráveis em relação a um carro de passeio. (Imagem extraída do site http://goofybiker.blogspot.com)
Segundo a opinião do analisa Ricardo Oliani, coordenador de Mobilização Comunitária do Instituto Akatu, “O uso de transporte individual é uma questão cultural no Brasil, ligada à demonstração de status. As pessoas se sentem rebaixadas ao usarem transporte público, por isso todos querem ter seu carro.” Tal situação aponta para a necessidade das políticas públicas trabalharem não apenas a sensibilização e a educação da população para que usem o menos possível o carro, mas também investir na melhoria e atratividade do transporte público e gerar viabilidade para que as pessoas usem alternativas como caminhada e bicicleta. Além de serem alternativas mais saudáveis, elas causam menos danos ao meio ambiente e ajudam na mobilidade urbana.
Fonte: TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SEPROG, SECOB-2, SECEX-6, SECEX-MT
RELATÓRIO DE AUDITORIA OPERACIONAL - MOBILIDADE URBANA –Brasília, em 29 de abril de 2011. Disponível em: http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/comunidades/programas_governo/areas_atuacao/hab_san_urb/Relat%C3%B3rio%20de%20Auditoria%20Operacional_Final%20-%20Mobilidade%20U.pdf
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