domingo, 6 de setembro de 2015

Curitiba a Morretes de bicicleta pela Estrada da Graciosa

Caro(a) amigo(a):

Estou colocando o meu relato da viagem de bicicleta de Curitiba a Morretes, realizado no dia 01 de setembro de 2015.

Muito obrigado
Ronaldo



Curitiba a Morretes de bicicleta pela Estrada da Graciosa. 79 km. Uma viagem surpreendentemente inesquecível pela velha e bela estrada dos pioneiros. Paisagem fascinante em meio a exuberância da natureza da magnífica Serra do Mar, no Paraná, minha terra natal. Durante a descida, em plenas montanhas, viajando de bicicleta, é possível não só contemplar a paisagem estonteante, mas principalmente sentir a sensação de fazer parte da natureza. A emoção bate muito forte!!! Muito obrigado, Deus, por tanta riqueza da natureza.  Muito obrigado ao ensinamento que me fez redescobrir a bicicleta e que tem me proporcionado tamanha felicidade.




A VIAGEM DE BICICLETA

Após minha participação no evento da postagem anterior, fiquei hospedado na casa de meus primos e minha tia em Curitiba.
Como previa a meteorologia, o dia amanheceu ensolarado. Acordei pouco depois das 5:00h.  Tomei o café com minha tia Morie-san. Ela quando soube na véspera da minha viagem a Morretes, com muito carinho, acordou de madrugada para preparar minha marmita. Levei com muita gratidão o meu almoço. Tomei meu café da manhã com ela, e às 6:40h me despedi. Abri o portão e já estava a caminho da estrada. Morie-san deu a dica de seguir pela Brasílio Itiberê, a avenida que vai sair direto na Rodovia para o litoral.

Naquele horário, a temperatura estava relativamente fria. Não dispunha de termômetro nem consultei na internet, mas imagino que estivesse fazendo em torno de 15 graus. Não tanto frio. Não levei blusa, mas levei uma capa plástica na maleta para chuva, apesar de improvável. Apenas para servir como agasalho mais leve, caso sentisse frio. Reforcei minha vestimenta vestindo duas camisetas: uma por cima da outra.

O Estádio do Clube Atlético Paranaense, atualmente conhecido como Arena da Baixada.


Sistema de transporte coletivo em BRT em vias exclusiva para ônibus.

Às 10 horas em ponto cheguei aqui no Portal da Graciosa.


Portal da Graciosa.
 Portal da Graciosa.
 Portal da Graciosa.
 Portal da Graciosa.
 Portal da Graciosa.
 Portal da Graciosa.
 Portal da Graciosa.
 Portal da Graciosa.
 Portal da Graciosa.
 Portal da Graciosa.
Aqui já dá para ter uma ideia da beleza da paisagem da Estrada da Graciosa.

Indescritível a satisfação de pedalar por este caminho rodeado pela natureza exuberante.


Senti como se estivesse em um filme de aventura em cenário cinematográfico.


Apesar deste novo portal construído, nesta bifurcação o caminho certo a seguir à a esquerda, para continuar na estrada da Graciosa. Se entrar nesta bifurcação à direta, você acaba retornando para Quatro Barras.

A proximidade das árvores à beira da estrada permite sentir  com mais intensidade ainda o ar fresco.


Por alguns quilômetros rodovia adentro, em trecho relativamente plano, encontrei ainda algumas pequenas subidas leves.

O que falar de um paraíso florido como este? Só mesmo conferindo in loco para se ter noção do que estou me referindo. Alegria contagiante que plenifica a alma.


Eu nem acredito! Finalmente estou na descida da Serra do Mar. Realizando mais um sonho de cicloturismo. Para mim, uma grande realização, que vou guardar para sempre na memória.



Contemplei por alguns instantes a majestosa montanha. De bicicleta, consigo sentir em plenos pulmões o ar puro e a grandiosidade do local.




Visual simplesmente incrível.







No meio da montanha. Degustei com algumas mordidas na marmita de tempurá, arroz, fritas, biscoitos e laranja;





Acabou o asfalto confortável. Agora é encarar os paralelepípedos. A bicicleta trepida muito, ainda mais numa descida! Não imaginava que a descida seria com tanto solavanco. Todo meu corpo tremia com toda aquela trepidação na bicicleta: não sabia de onde a bicicleta tremia mais: se no guidão, selim ou nos pedais.




Durante o trajeto, avistei diversos quiosques como este, pelas curvas. A maioria estava fechada. Talvez por ser dia de semana, com menos movimento.

Em uma lanchonete antes desta, parei para tomar caldo de cana e saborear banana passa.
Fui atendido por uma senhora idosa muito simpática. Passei uma nota de cem reais, pois eu estava sem trocado nenhum.  Ela me perguntou quantos dezenas de copos de caldo de cana iria querer (risos)!
Após o rápido lanche, continuei a descida, cada vez mais feliz com a viagem e encantado com a natureza.  Esqueci até de encher a caramanhola com água. Fiquei sem comprar água até chegar em Morretes.


Depois de alguns quilômetros descendo a serra, já não aguentando tamanha trepidação da bicicleta, resolvi, tardiamente, murchar um pouco os pneus. Assim, esvaziei um pouco os dois pneus. Agora, sim melhorou! Muito mais confortável. Só que, em menos de meio quilômetro, terminou o trecho de paralelepípedos e o asfalto voltou à rodovia (risos)!



Aproximando de Morretes. Ponte sobre o Rio Nhundiaquara. Neste rio, eu, meu irmão, tio e amigo Tomomitsu tomamos banho na infância.




Às 12h21m cheguei em Morretes. Fiz questão de registrar a linha férrea. Lembrei da época em que eu e meu irmão Koji viajávamos com minha avó, de trem de Curitiba para Morretes, para visitar os amigos.

Cheguei na estação rodoviária de Morretes faltando apenas 15 minutos para o próximo ônibus da Viação Graciosa partir com destino a Curitiba. Comprei de imediato a passagem das 12h45m por R$ 18,00. Quando viajo de ônibus levando a bicicleta, normalmente não é cobrada nenhuma taxa adicional para embarcar a bicicleta. Nesta viagem, foi cobrada uma taxa adicional de R$ 15,00 para embarcar a bicicleta no pequeno bagageiro do ônibus. Se alguém mais fosse levar a bicicleta acho que nem caberia. Ha ha ha ha
Na lanchonete da rodoviária comprei dois chá-mate e almocei a marmita que minha tia preparou com carinho, antes da chegada do ônibus. Delicioso.



Já no ônibus, retornando de Morretes para Curitiba.

Ao desembarcar na Estação Rodoferroviária de Curitiba, fui pedalando até o famoso e belíssimo Jardim Botânico de Curitiba, que fica próximo a Rodoviária (aproximadamente 2 km).

Proibido bicicleta!
Ok, não tem problema: vou empurrando a bicicleta e apreciar a pé o belíssimo Jardim Botânico de Curitiba!


Visita ao Jardim Botânico para fechar a viagem de bicicleta com chave de ouro.
Fenomenal! É realmente magnífico o Jardim Botânico. Já tinha visto algumas fotos, mas não imaginava o quão seria belo. Incrível!




















Assim, ao entardecer, retornei para a casa de minha tia em Curitiba.

À noite, preparei a bicicleta para a viagem aérea de meu retorno ao Recife. Retirei a roda dianteira e os pedais e tentei montar uma embalagem com caixa de papelão. Não consegui. Apenas amarrei com cordão as partes da bicicleta para formar uma bagagem única. Chamei o táxi. Coloquei a bicicleta no banco traseiro do táxi e fui para o Aeroporto Afonso Pena, No Aeroporto encontrei o serviço de embalagem da Protec Bag. Mandei embalar a bicicleta. Eles fazem a proteção da bicicleta pelo sistema  de plastificação, envolvendo com filme plástico de PVC, protegendo contra arranhões e umidade. Após envolver toda a bicicleta, ele utilizam um soprador de ar quente sobre a superfície de plástico para compactar a embalagem. Ainda reforçam com fita adesiva e colocam adesivo de sinalização "cuidado, frágil".  Achei o serviço perfeito.

Agradeço a Deus por mais esta maravilhosa viagem de bicicleta.
Muito obrigado a meus primos, minha tia e ao meus amigos de infância pela acolhida em Curitiba.


2 comentários:

  1. Moro perto da estrada da graciosa realmente tem muitos lugares lindos pra pedalar

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  2. Estou pensando em descer a Graciosa nos próximos dias. Vou de ônibus de Arapongas-PR até a rodoviária de Curitiba. De lá, subo na bike e vou. Em Morretes penso em pegar o ônibus ou trem de volta prá Curitiba e à noite embarcar de volta prá Arapongas. Seu relato, Ronaldo, é ótimo e me incentivou ainda mais a fazer esta aventura.

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